
DO PEIXE DO RIO NO ALANDROAL À FEIRA DO QUEIJO ALENTEJANO EM SERPA
O Fim-de-semana prometia uns dias de Sol. Estava na altura de voltarmos a estrada. Fomos procurar à Internet um novo destino.
A II Mostra Gastronómica do Peixe do Rio no Alandroal, e a Feira do Queijo Alentejano em Serpa, foram os destinos escolhidos. GPS com as coordenadas à nossa frente, chave na ignição e a autocaravana com tudo o necessário para a viagem, estava a caminho.
Saída de Lisboa pela Ponte Vasco da Gama, depois das auto estradas e das varias portagens até Montemor o Novo, passámos para a estrada nacional.
A chegada ao Redondo, já de noite, foi igual a todas as chegadas a um destino que não se conhece muito bem e em que a noite não ajuda a encontrar um bom local para estacionamento.
Depois de algumas voltas nas estreitas ruas da vila, eis que damos com um parque de estacionamento, junto ao Centro Cultural do Redondo. O Parque de Exposições que fica perto, também será uma boa alternativa, desde que não esteja a decorrer nenhuma atividade neste recinto. (N 38′ 38′ 44″ W 7′ 32′ 41″).
A noite calma e sem barulho, fez com que depois do pequeno-almoço, estivéssemos em forma para descobrir a vila do Redondo.
A primeira paragem foi no Museu do Vinho, na Praça da República.
O vinho e a sua história, provocaram a vontade de provar um dos vinhos à venda na loja do museu..
Do muito que a vila tem para oferecer, mesmo numa visita rápida, escolhemos passear pelas ruas que conduzem ao castelo. A visita à Enoteca, já dentro das portas da antiga vila, na Rua do Castelo, instalada no Antigo Celeiro do Povo, é uma boa oportunidade de provar vinhos, enchidos, queijos e o bom pão alentejanos.
Convém passar por lá entre as 12 e as 22 horas, o que não foi o nosso caso. Ficou para uma próxima oportunidade.
A Porta da Ravessa
bem conhecida dos rótulos de um dos vinhos da Adega Cooperativa, foi a saída escolhida do castelo para nos dirigirmos para o Museu do Barro.
Na Alameda de Santo António, por detrás da Igreja e Convento com o mesmo nome, vamos encontrar um local para ser visitado com muita atenção O Museu do Barro.
O barro, presente no nosso quotidiano durante milénios, tem neste espaço, uma mostra da sua utilização, desde a recolha no campo à finalização das peças.
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Quem o visitar não se esqueça de ver o burro, esse parceiro de trabalho que bem merece o nosso apreço.
Na pequena loja do museu, está a oportunidade de adquirir uma peça, dos muitos oleiros do Redondo.
Regressámos à autocaravana e partimos para o Alandroal.
Nesta vila estava a decorrer a II Mostra Gastronómica do Peixe do Rio.
O Restaurante “A Maria”, na Rua João de Deus, foi a escolha acertada para esta jornada gastronómica.
A Caldeta de Peixe do Rio e a Fritada de Peixe do Rio, foram a companhia do Cozido de Grão, tudo isto mais as entradas, as saídas e a garrafa do Alentejano eram o pronuncio de uma tarde difícil.
Reconfortados com o repasto, partimos para a visita à Vila. O Castelo e o Centro Cultural Transfronteiriço, onde visitámos uma exposição com o tema “O Homem e o Rio”, ajudaram à digestão. Na passagem habitual pelo Posto de Turismo, foi chamada a nossa atenção para a Vila de Terena e o Templo de N. S. da Boa Viagem.
Terena foi um ponto de passagem a caminho de Serpa, que nos deixou imensa vontade de voltar, para se visitar o Castelo e para assistir à Romaria, que anualmente se realiza no espaço envolvente ao Templo.
A estrada para Serpa, passa junto ao plano de água da barragem do Alqueva, proporcionando vistas espetaculares para o castelo de Monsaraz.
Serpa proporciona visitas muito agradáveis, pelo património histórico e museológico mas, nesta viagem, o interesse ia para os queijos.
Autocaravana estacionada perto dos Bombeiros, mesmo no acesso à Feira do Queijo Alentejano, e vamos esquecer as dietas por uma noite.
Enchidos, vinhos e licores, aguardente de medronho, boa para matar a bicharada toda. Queijos, muitos e belos queijos, depois de muitas provas, lá decidimos as compras, que iriam perfumar a autocaravana nos próximos dias.
A noite foi tudo menos calma, tivemos de partilhar todas as conversas dos visitantes da feira no regresso aos carros mas, de manhã cedo, já passeávamos pelas ruas de Serpa. A não perder o passeio de carroça, pelas ruas desta agradável cidade. Estaciona junto ao Posto de Turismo.
De novo na estrada, a caminho da Vidigueira, estacionamento junto ás piscinas, almoço na caravana, café e passeio pela vila a caminho do Museu Municipal.
A não perder pela colecção etnográfica que nos transporta para mundos passados. Objetos que estão tão presentes nas nossas memórias mas que já não fazem parte do nosso quotidiano.
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No regresso a casa, pela estrada nacional, só parámos em Montemor-o-Novo, para uma bifana do lombo, desta vez no café Polo Norte, a seguir ao cemitério à direita, junto a Central de Camionagem. O estacionamento poderá ser feito no parque do cemitério e para quem ainda disponha de tempo, podem partir à descoberta desta vila alentejana.
Para nós a viagem estava no fim, o Sol pintando o céu de vermelho acompanhou-nos até casa, deixando desde logo a vontade de voltar à estrada.
FIM