VIAGEM PELAS ASTURIAS

VIAGEM PELAS ASTURIAS

VIAGEM PELAS ASTURIAS

GUARDA  – CELORICO DA BEIRA – SALAMANCA

ZAMORA – VALENCIA DE DON JUAN – LÉON – MIERES

OVIEDO – NAVA – VALDEDÍOS – VILLAVICIOSA – GIJON

AVILÉS – CUDILLERO – LUARCA – PUERTO DE VEGA  NAVIA – ORTIGERA – TAPIA DE CASARIEGO

 RIBADEO – VILALBIA – COSPEITO – OURENSE

A Volta a Portugal em Bicicleta estava na estrada. Seria o pretexto para percorrermos os caminhos que nos levariam até terras da província de Astúrias. O verão fazia-se sentir em todo o seu esplendor, o calor era muito, os fogos continuavam a afligir Portugal, procuraríamos no norte o fresco que amenizasse a vida do autocaravanista.

O primeiro local escolhido para o inicio desta viagem, foi a cidade da Guarda, onde dois dias depois, terminaria uma das mais dura etapas da volta.

A viagem até à Guarda, foi feita pela autoestrada, as estradas secundárias não eram uma alternativa viável , chegámos a meio da tarde, e encontrámos um lugar para estacionar mesmo no centro da cidade.

N 40° 32´ 33´´

W 7° 16´ 04´

Procurámos as sombras das esplanadas junto à Catedral, e acabámos por descobrir um anuncio que dizia, “Provavelmente o Melhor Pão de LÓ do Mundo”, bom sentemo-nos nas cadeiras do salão de chá, e vamos à prova!

O anuncio era um pouco exagerado… mas enfim, o bolo lá cumpriu a sua obrigação, se passarem por este local experimentem e digam da vossa apreciação. Passeou-se pelas ruas da Guarda, ficámos admirados com o moderno centro comercial mesmo na zona histórica, depois mais uma cerveja numa outra esplanada que o calor era muito.

Pelo fim de tarde, conduzimos o veículo para a área de serviço para autocaravanas da Guarda ,onde pernoitámos.

N 40° 32´58´´

W 7° 14´ 33´

A noite foi tranquila, como tínhamos um dia até á chegada da Volta a Portugal em Bicicleta, decidimos ir visitar Celorico da Beira.

A 23 Km da Guarda, aquela que é considerada a Capital do Queijo da Serra, sabe acolher os autocaravanistas.

Ao chegarmos fomos surpreendidos por um letreiro luminoso, que indicava a área de serviço e o numero de lugares disponíveis…

A passagem parecia apertada, mas passa-se sem problemas…

Não fiquem preocupados com o apertado da rua de acesso, poucos metros á frente, chegamos ao Parque dos Hortelões, ou como era mais conhecido, o antigo Mercado dos Paus, hoje um parque de estacionamento amplo com lugar para várias autocaravanas, mesmo que o lugar indicado para estas já esteja preenchido.

N 40° 38’ 21’’

W  7° 23’ 20’’

A área de serviço para autocaravanas neste local, tem muito boas condições, fácil acesso e possibilidade de se ligar a energia elétrica numa das caixas que se encontram na zona reservada para os nossos veículos.

Muito próxima do centro histórico, é um local que aconselhamos os companheiros a virem visitar, numa das vossas viagens à Serra da Estrela.

Numa visita a Celorico, o Castelo chama de imediato a nossa atenção, percorramos então as antigas e estreitas ruas, que nos conduzem até ele.

Apresenta um estilo de construção românico-gótico e as suas origens remontam aos séculos XII-XIII. Da antiga Torre de Menagem que ocupava o centro da fortificação hoje nada resta, e a torre que se pode visitar e onde está instalado um centro de interpretação, é de época posterior.

     

O território administrativo de Celorico da Beira tem as suas origens no século XII, a presença humana terá muitos mais séculos de história para ser descoberta, mas foi na idade média que atingiu maior importância. Não deixem de visitar a aldeia histórica de Linhares da Beira, a poucos km da vila de Celorico, percorram os seus centros históricos, e leiam nas pedras do seu património, as vivencias dos povos que por aqui viveram.

Mas quem pensa que em Celorico da Beira apenas vai encontrar testemunhos da nossa história, está muito enganado. Visitem o Solar do Queijo. Instalado num edifício do século XVIII que depois de outras ocupações, é agora um local onde podem adquirir Queijo da Serra Dop, produtos regionais, realizar degustação ou ficar a saber muito mais sobre a produção de um dos melhores queijos do mundo!

Nós ficámos o fim de tarde passeando pelas ruas, e acabámos por numa esplanada saborear uma morcela de urtigas… não é engano, experimentem no café em frente ao monumento que recorda um dos filhos ilustres da terra, Sacadura Cabral  parceiro de Gago Coutinho na primeira travessia aérea do Atlântico Sul.

     

No dia seguinte regressámos á Guarda, para assistir ao fim da etapa da volta a Portugal em Bicicleta que terminava na cidade. Estacionámos na  avenida onde passariam os ciclistas junto a uma estação de serviço da Galp e de um supermercado, onde aproveitámos para repor os níveis do frigorifico.

    

Findo o almoço estávamos prontos para a chegada dos heróis do dia.

Aí vêm eles…

O dia tinha estado muito quente, 200 e tal quilómetros, duas subida à Serra da Estrela e ainda tinham de enfrentar a “violência” da rampa da chegada.

O vencedor do dia certamente que iria receber as recompensas de tanto esforço, nós regressámos ás autocaravanas para irmos descansar na área de serviço para autocaravanas da cidade.

Um local muito agradável, junto a uma zona verde de lazer com apoio de um bar, esplanada, um lago e uma ciclovia.

Um pouco longe do centro da cidade, existem transportes públicos perto e um supermercado, mas possibilita uma noite tranquila.

Na manhã seguinte a viagem continuaria para Salamanca, mas antes aproveitámos a área de serviço que a autarquia da Guarda tinha vindo repor em boas condições, depois de uma nossa reclamação!

Em Salamanca costumamos usar dois locais para estacionar e pernoitar, nesta viagem ficámos junto ao parque desportivo.

N 40° 57’ 32’’

W  5° 40’ 30’’

Com acesso muito fácil e perto ao centro histórico, permite uma boa estadia nesta cidade. Pouco depois já passeávamos pelas animadas ruas da cidade universitária de Salamanca.

Pelas arcadas da Plaza Mayor, vamos encontrando as tradicionais casas de doces e muitas outras lojas, que oferecem uma mistura de artigos para turistas e produtos á muito consumidos pela sociedade espanhola.

 Salamanca tem o melhor conjunto espanhol de arquitetura renascentista e plataresca, a descobrir percorrendo as calles do centro histórico.

A  Casa de las Conchas, a Catedral, os vários conventos, museus, a esfera celeste representada numa sala da Universidad Vieja, muito hà para ser descoberto numa visita que ficará para sempre nas nossas memórias…

  

  

 Regressámos á autocaravana para uma noite tranquila.

No dia seguinte aproveitando a ciclovia que passa mesmo junto ao local de estacionamento, aproveitámos para descobrir a cidade ao ritmo dos pedais.

A viagem seguiria para Zamora, estacionámos no parque onde os autocaravanistas se costumam encontrar.

N 41° 30’ 13’’

W  5° 45’ 20’’

O acesso á cidade antiga é fácil, são uns 15 minutos num passo calmo, pouco depois já estávamos junto ás portas da antiga muralha da cidade.

Zamora localizada na Via de la Plata durante a ocupação romana, foi uma importante e estratégica localidade durante a reconquista, tendo sido palco de ferozes combates    

 O monumento mais importante de Zamora é a sua catedral, uma estrutura do século XII, construída no estilo românico. A sua característica que a torna diferente de muitas outras é a cúpula hemisférica e com relevos em forma de escama. Não percam no seu interior as capelas com frescos e as cadeiras do coro, onde nos descansos para os braços se encontram esculturas outrora consideradas maliciosas…

    

 A Semana Santa tem uma importância muito significativa nos eventos que vão acontecendo em Zamora ao longo do ano, não deixem de visitar as confrarias, onde poderão ficar a conhecer como ao longo de gerações se perpetua o fervor religioso.

  

Uma outra visita que deve ser feita dentro deste âmbito das manifestações da Semana Santa, é o Museu das Imagens  que saem em procissão.

      

 

A consulta do site turismo em Zamora, será muito útil na preparação da vossa viagem.

www.turismoenzamora.es

A viagem continuaria para norte até á localidade  Valencia de Don Juan

N 42° 17’ 15’’

W  5° 30’ 48’’

Esta vila junto ao rio Esla tem uma área de serviço.

A visita a esta localidade, é dominada por dois edifícios, um é civil, está a ser construido por um habitante que poucos conhecem, sem planos, a estrutura vai sendo edificada conforme a disposição do seu criador, não havendo duas janelas, portas, ou qualquer elemento decorativo idênticos

A outra edificação é o castelo medieval que muito curiosamente está ligado à história de Portugal. Na Idade Média esta localidade era conhecida por Valencia de Léon, mas o nome foi alterado para Valencia de Don Juan em honra do Infante Português D. João de Portugal, um aliado do rei de Castela na luta contra o Mestre de Aviz.

Para que se interessar por estas coisas da história, poderá ficar a saber mais na visita ao castelo, tem uma interessante exposição e meios áudio visuais, que nos ajudam a compreender melhor esta época conturbada dos dois países.

Durante a noite, a área de serviço foi ficando cheia de companheiros que por ali paravam em viagens mais longas. Pela manhã havia fila para as mudanças técnicas.

Uma paragem para uma ultima fotografia e seguimos para León.

Em León temos duas soluções para estacionar/pernoitar, a área de serviço com todas as comodidades e paga, mas a 6Km do centro, tem paragem de autocarros próxima…

N 42° 32’ 40’’

W  5° 35’ 18’’

Ou um parque de estacionamento no centro da cidade, com possibilidade de mudança técnica um pouco rudimentar, mas com lugares reservados para autocaravanas grátis e com apoio de comercio e restauração. Foi este o escolhido por já ser o poiso habitual.

N 42° 36’ 17’’

W  5° 35’ 05’’

Já no centro da cidade, na rotunda que tem um avião, em frente a um centro comercial encontramos o parque de estacionamento, existem lugares reservados para autocaravanas, se estiverem todos ocupados tomem atenção ao pagamento a efetuar nas máquinas…

   

Autocaravana estacionada e trancada, o seguro morreu idoso, estava na hora de ir visitar León,  pegámos no telemóvel ligámos a app Sygic marcámos a praça junto á catedral e seguimos a rota indicada.

A primeira paragem foi na denominada Casona de Puerta Castillo, onde está instalado o Centro de Interpretatión del León Romano.

Uma visita muito interessante que nos transporta para o mundo romano e ao aquartelamento da VII Legião, que se instalou na região no século I d.c. e por lá ficou até ao fim do Império Romano. Os habitantes da antiga “Legio” viriam a formar a cidade de León.

    

    

A visita continuaria pelas ruas da cidade onde toda a vida da Fiesta Espanhola se podia encontrar, o nosso amigo tocador de flauta…

Os inumeráveis lugares de tapas e comidas…

As avenidas e praças, que nos surpreendem sempre, por muitos anos que tenhamos viajado em Espanha, pela sua dimensão, imponência dos edifícios, e pelas esplanadas cheias onde nem sempre é fácil encontrar lugar para um pequeno descanso.

A Catedral de León é imponente, façam a visita com apoio do áudio-guia, e podem ter a certeza que têm o dia ganho.

      

A Pulchra leonina ( a Fermosa Leonesa), começou a ser construida no séc. XIII, uma das grandes obras góticas de Espanha e… por muito mais do que por aqui possa descrever, nada substituirá a vossa viagem, para conhecer esta catedrál.

Regressámos às calles cheias de leoneses e turistas

A Basilica de San Isidoro é outro edifício que não pode deixar de ser visitado em León, construída nas muralhas romanas que circundavam a cidade durante os séculos XI e XII, é um dos edifícios românicos mais destacados de Espanha.

Uma entrada separada da igreja, dá acesso ao Panteón Real onde repousam 20 monarcas. As suas paredes decoradas com frescos do século XIII mostram cenas religiosas e de trabalho sazonal.

Uma visita sempre obrigatória, quando passamos por León!

 É proibido fotografar dentro do panteón…

 

A visita continuaria pela Plaza Mayor e pelo bairro que a circunda, fica muito próximo da catedral, aí podemos encontrar o mercado, muitas casas de tapas e as sempre presentes esplanadas, para uma cerveja no fim de tarde.

    

Com o fim do dia regressámos ás autocaravanas para um merecido descanso, a viagem continuaria para norte…

A nossa viagem continuava a caminho das Astúrias, saímos de León e sempre pelas estradas nacionais atravessámos as montanhas que já anunciavam os Picos da Europa,  ao passarmos o cume de Pajares a 1380m de atitude, a temperatura que vinha a rondar os 35° caiu para 13° e com um nevoeiro…

   

A primeira paragem seria na localidade de Mieres onde existe uma área de serviço para autocaravanas.

N 43° 15’ 06’’

W  5° 46’ 48’’

A área tem muito boas instalações, mas fica perto da linha do comboio… Aproveitámos para almoçar e pela tarde seguimos viagem.

O estacionamento em Oviedo foi feito na área de serviço para autocaravanas acabada de estrear, instalações impecáveis e com autocarro para o centro da cidade.

N 43° 22’ 57’’

W  5° 49’ 24’’

O autocarro para o centro, tem uma paragem na rotunda perto da área a seguir ao supermercado. A linha para a cidade é o C2 e no regresso devem apanhar o C1, custo da viagem 1.20€, o bilhete é comprado no autocarro.

Pouco depois já passeávamos na cidade.

A tarde estava chuvosa e um pouco fria por isso decidimos ir visitar a Catedral. Construída no lugar do anterior conjunto pré- românico do século IX, absorveu na sua construção edificações anteriores, podem ser encontrados diferentes estilos na visita a esta catedral. Em Espanha é conhecida como Sancta Ovetensis, por causa da quantidade e qualidade das relíquias que contem. A não perder a Cámara Santa do século IX declarada Patrmonio da Humanidade pela Unesco, onde se podem ver Las Cruces de La Victoria e De Los Ángeles, símbolos das Astúrias e o Santo Sudário.
  
                                
Um áudio-guia é muito útil na visita a toda a Catedral.

 Oviedo é uma cidade muito agradável para se visitar, a área de serviço para autocaravanas é um bom local para a estadia, os 6KM até ao centro não são um problema graças ao eficiente serviço de autocarros.

Um supermercado junto á área, permite o reabastecer do frigorifico, os café próximos podem fornecer o wi-fi para se atualizar o face ou preparar a etapa seguinte..

Continuemos a visita…

O melhor será aproveitar uma das empresas que promovem as visitas guiadas pela cidade, escolhemos uma que prometia teatralizar o passeio pelas ruas de Oviedo.

                            

E lá seguimos o peregrino que nos foi contando o que na Idade Média poderiam encontrar na cidade de Oviedo, aqueles que faziam o Caminho de Santiago.

     

Gostámos tanto da visita que não resistimos a uma outra foto no fim do percurso já junto à catedral. A partir daqui seria um outro guia da mesma empresa que nos conduziria pela história da cidade.

   

Na Plaza de la Constitucion (zona histórica da cidade) encontram o Centro de Información Turistica de Asturias, onde se podem obter informações muito úteis para a viagem e visita à cidade.

www.turismoviedo.es

Uma das informações que obtivemos pareceu-nos importante…

  • Próximo al casco antiguo de la ciudad se encuentra el Bulevar de la Sidra. La calle Gascona es una de las calles de mayor tradición de la capital del Principado, posada de gascones llegados a Asturias desde Francia y que eligieron estas calles para vivir y comerciar.

Vamos já para lá…

   

   

Pois não nos arrependemos, a tarde estava quente, visitar as cidades faz sede e no ar pairava um cheiro a sidra a que não se conseguia resistir.

Começámos aqui o nosso curso de como escanciar sidra!

                                               

O diploma seria obtido… mais à frente descrevemos o resto desta história.

Estava na altura de regressar às autocaravanas.

A “coisa” não estava fácil… todos aqueles testes de sidra!!!

Já nem percebíamos, se seria a torre da igreja que estava torta, ou seriamos nós que íamos…

O regresso foi feito com calma, a “situação” assim o exigia, lá fomos apreciando alguns aspetos curiosos da cidade até à paragem do C1.

   

   

No dia seguinte decidimos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a sidra, o melhor lugar para complementar melhor os nossos estudos seria em Nava, no Museo de la Sidra de Asturias

www.museodelasidra.com

 

Com algum cuidado o estacionamento pode ser feito à porta do museu. Existe uma área de serviço para autocaravanas em Nava, á saída da localidade mas muito próxima do museu.

   

Ficámos a saber quase tudo sobre Sidra, desde a colheita das maças á produção e engarrafamento do apreciado liquido.

   

    

 Estava na altura de se passar da teoria à prática… só não tive nota 20 por o vaso não estar um pouco mais inclinado…

Não era aconselhado fazer muitos kms, muito perto dali fomos encontrar a AS de Nava

N 43° 21’ 28’’

W  5° 29’ 55’’

A área fica junto a um parque desportivo, não tem muitos lugares mas podem sempre estacionar junto ao campo de futebol, boas instalações para uma mudança técnica, perto do centro 10m em passo de lazer.

Plaza de Manuel Uria, centro desta simpática localidade onde no segundo sábado dos anos pares, acontece o Festival da Sidra.

Junto á Igreja que foi destruída durante a guerra civil espanhola e depois reconstruída  no governo de Franco, podemos encontrar umas esplanadas para se “saborear” o fim de tarde.

Estávamos em pleno território do pré-românico, escolhemos visitar um dos melhores exemplos deste período da arte ocidental, o conjunto monumental de San Salvador Y Sta. María de Valdediós.

O estacionamento pode ser feito mesmo á entrada do monumento.

N 43° 26’ 15’’

W  5° 30’ 23’’

 

Um albergue de peregrinos do Caminho de  Santiago e uma Posada Samaritana ou como nos explicaram, “una sencilla hospedaria monástica”, providenciam alojamento para aqueles que atravessam as veredas do caminho espiritual.

A visita começa com a Igreja cisteriana do século XIII. De realçar o pórtico de entrada que ainda conserva a policroma original.

  

            

Depois passamos o portão que nos permite aceder à minúscula Iglesia de San Salvadordo século IX, uma joia de arte pré-romãnica.

  

 O tecto exibe brilhantes frescos asturianos e o portal tem recantos de pedra onde dormiam os peregrinos.

             

 Ficámos por ali bastante tempo… até fizemos o circuito da visita por duas vezes, se puderem incluir esta visita numa vossa viagem não se vão arrepender!

Finalmente regressámos à estrada agora na direção de Villaviciosa, um parque de estacionamento no centro da vila foi o lugar escolhido para o almoço.

N 43° 26’ 15’’

W  5° 30’ 23’’

A autocaravana por ali ficou, enquanto fomos tomar um café e admirar a “Iglesia Románica de la Oliva”, do século XIII. Não percam a visita ao Museo de la Semana Santa e do Monasterio de la Purísma Concepción.

   

Paragem seguinte da viagem Gijón, tem uma área de serviço para autocaravanas localizada junto a uma praia, completamente cheia, ficámos num parque de estacionamento perto do centro, 15m a pé.

N 43° 32’ 04’’

W  5° 40’ 46’’

Esta cidade a maior da província, vale pela animada vida que se sente pelas suas ruas. O seu importante porto industrial muito destruído durante a guerra civil foi depois reconstruído e é hoje um motor de desenvolvimento local, o porto de recreio de grandes dimensões junto à  marginal está no centro da vida citadina.

   

A cidade antiga de Gijón encontra-se num pequeno istmo, a Plaza Mayor  com arcadas é o centro da “movida”. O Palácio de Revillagigedo do século XVIII, na mesma praça, é uma fantasia  neo-renascentista com torres e muralhas.

Por ali perto ficam ruas com forte odor a sidra, que jorra das garrafas, para os copos que animam o espírito de jovens, de todas as idades.

Disse jorram, mas devia dizer escanciam, para evitar ser chamado a atenção pelos autóctones… eles levam isto da sidra muito a sério

– Qué estás haciendo? Levantarse de la botella, inclinación del vaso, solo un poco, bebida de entonces y las gotas que se encentran en el fondo del vaso se descartan!

    

Com o chegar da noite a festa continuava, as ruas e as esplanadas sempre cheias, muita gente passeando na marginal, ficamos sempre espantados com a quantidade de casais jovens com carrinhos de bebe Um espetáculo de cantares tradicionais espanhóis foi o encerrar das atividades deste dia.

    

Regressámos á autocaravana para o merecido descanso.

O dia seguinte começaria com a visita ao Museo del Ferrocarril de Asturias em Gijón.

O museu fica muito próximo do parque de estacionamento, e a principal atração é as composições estarem em funcionamento

As antigas locomotivas a vapor funcionam mesmo, proporcionando pequeno passeios, fazendo reviver outras épocas.

  

Uma secção de manutenção traz de novo à vida, veículos que parecia terem acabado a sua vida ativa.

   

 

Depois da visita decidimos ir buscar a bicicleta e utilizar as ciclovias que passam junto ao parque de estacionamento para conhecer a cidade.

Acontece aos melhores, um pneu que rebenta…

Nada que não se resolva, e pouco depois já se rolava de novo a caminho do centro histórico.

Bicicleta presa no gradeamento da fonte no centro da praça, e vamos explorar a pé os arredores.

Nas Astúrias é mesmo assim, de repente ficou um nevoeiro que ocultava as vistas da cidade

Não havia problema, uma cadeira de uma esplanada, uma bebida e ficamos para assistir ao festival de Jazz.

No dia seguinte nova área de serviço para autocaravanas, esta a estrear com ótimas condições em Avilés.

N 43° 33’ 04’’

W  5° 54’ 49’’

Mais uma área de serviço com uma localização muito próxima do centro histórico, 10m num agradável passeio.

A cidade está rodeada por grandes siderurgias, mas não se deixem influenciar por este fato, o núcleo medieval em redor da Plaza de España tem um carácter muito especial.

Seguimos pela antiga Calle de Avilés que na idade média ficava fora das muralhas da cidade, fazia parte do Camino Real a Oviedo e era uma rua ocupada pelas artesões.

Por aqui entravam os peregrinos de Santiago,  a primeira Igreja que encontravam era a Capilla del Cristo com a fonte Los Caños de Rivero ao lado, proporcionando um merecido descanso aos caminhantes.

Seguimos pela rua com arcadas até á Plaza de España

  

      

Lugar para um café e atualização do face…

   

Uma música que chegava do adro de uma igreja ali perto, despertou a nossa atenção.

Um grupo com trajes folclóricos, tocava músicas tradicionais para acolher os convidados para um casamento.

   

Por ali ficámos a assistir à cerimonia que muito ficava beneficiada com a música que saia das gaitas de foles.

Avilés ia se revelando uma curiosa visita, continuámos pela Calle de Galiana, uma rua com arcadas do século XVII, que permitia aos artesões trabalhar com a porta aberta e abrigados da chuva e do sol.

Esta rua fazia também a ligação entre o centro do burgo e as hortas de onde vinham os frescos para alimentar a população.

Nos dias de hoje vai desembocar numa praça cheia de esplanadas e casas de artigos para turistas, onde um antigo espigueiro lembra épocas passadas.

   

Continuámos a visita passando pela Iglesia dos Padres Franciscanos

Por uma das obras de arte moderna expostas nas ruas da cidade

Terminámos a nossa visita no Centro Cultural principado de Astúrias, uma obra de Oscar Niemeyer.

No dia seguinte dirigimo-nos para a vila de Cudillero, estacionámos num parque á entrada do acesso à povoação, uma placa indicava a proibição de pernoitar no local. Alguns companheiros que por ali estacionavam, disseram que a policia não tinha incomodado quem ficou na noite anterior. Fora da época estival é possível estacionar sem problemas no parque seguinte, direção do centro.

N 43° 34’ 04’’

W  6° 09’ 13’’

Numa pequena enseada aparece a vila de Cudillero.

 

      

Um emaranhado urbano alojado nas íngremes  encostas que rodeiam o porto de pesca, parecem envolver as esplanadas dos restaurantes que aguardam os turistas.

Merece uma visita pelo enquadramento da paisagem e para quem queira experimentar a gastronomia asturiana.

As íngremes falésias que se debruçam sobre o mar, escondem deliciosas aldeias que devem ser visitadas com cuidado pelos autocaravanistas…

As estradas de acesso são muito estreitas e merecem os nossos cuidados na preparação das deslocações. As bicicletas podem ser úteis para se descobrir as  pitorescas povoações da Costa Asturiana.

A nossa viagem continuaria até Luarca

O muito movimento que fomos encontrando nas ruas, logo nos indicava que havia festa. Dirigimo-nos para um parque de estacionamento onde as autocaravanas costumam pernoitar.

N 43° 32’ 10’’

W  6° 31’ 57’’

Localizado perto da vila, segue-se o caminho que acompanha um ribeiro até encontrarmos uma ponte que dá acesso direto ao centro urbano.

    

A Festa de Nossa Senhora do Rosário, animava toda a vila, mas no porto de pesca estava a chegar uma procissão pelo mar, em que o andor da imagem venerada era transportada num barco, parecia que toda a população estava reunida em torno do porto. Aproveitámos para ir conhecendo a vila e assistindo às manifestações populares.

Curioso… a juventude da vila, reunida numa zona do porto saltava para a água, mas vestidos! Parecia ser uma tradição que cumpriam com muito empenho.

   

A procissão…

   

Por ali ficámos a assistir aos festejos religiosos e a outros de cariz mais popular, a noite foi passada em sossego e no dia seguinte continuámos a viagem. Próxima paragem Puerto de Vega

N 43° 33’ 59’’

W 6° 38’ 48’’

Puerto de Vega es uno de los pueblos más pintorescos del litoral cantábrico, podemos ler nos folhetos turísticos sobre esta localidade, e o seu enquadramento, as casas típicas de pescadores misturadas com solares de família, casas dos emigrantes das indias “los indianos”, a faina da pesca, o comercio do pescado no local, fazem desta visita, uma das mais encantadoras que tivemos oportunidade de fazer nesta viagem.

                                  

 O local de estacionamento das autocaravanas no porto de pesca é de fácil acesso, e as vistas sobre o mar, tornam este, um local privilegiado para a prática do autocaravanismo.

    

A chegada dos barcos da faina da apanha do percebe, deixou-nos impressionados com a dimensão dos espécies capturados…

Perto do local de estacionamento das autocaravanas um painel informava sobre a área de serviço de Navia, foi para lá que seguimos.

A área de serviço para autocaravanas de Navia fica localizada no centro urbano junto ao parque de estacionamento de um supermercado, muito prático para o reabastecimento do frigorifico…

N 43° 32’ 43’’

W  6° 43’ 13’’

O site de turismo sobre Navia, é uma grande ajuda na preparação das visitas, até podem encontrar uma área dedicada ao autocaravanismo.

www.naviaturismo.com

A localidade não possui monumentos de grande destaque, mas a localização da área de serviço, a proximidade de praias, os caminhos sinalizados que partem da Oficina de Turismo, permitem que se façam passeios pedestres ou de a bicicleta, fazendo desta uma estadia muito agradável.

             

Foi na visita à oficina de turismo que fica próxima da área de serviço, que nos chamaram a atenção para um castro nas proximidades,

El Castro de Coaña

Para os que se interessam por história…

www.castrosdeasturias.es

Este é um dos castros mais visitados das Astúrias, a sua dimensão, a área escavada, o centro de interpretação, e muito especialmente os guias que nos acompanham nas visitas, fazem com que a cultura céltica pareça ganhar de novo vida, e as pedras nos contem histórias de vida com mais de 1000 anos

 No centro interpretativo uma mostra de objetos encontrados na zona e uma exposição com meios audiovisuais completam a visita.

  

Estabelecido na Idade do Ferro, e depois ocupado pelos romanos, mantém bem preservadas as ruínas das fortificações e das casas circulares, onde se pode compreender, a forma de vida destes povos. 

   

Finda a visita regressámos à estrada agora de novo na direção do mar.

Destino seguinte Ortiguera

N 43° 33’ 40’’

W  6° 44’ 01’’

Esta pequena vila piscatória tem uma área de serviço para autocaravanas instalada num promontório com acesso a praias.

Estavam muitos companheiros instalados por ali beneficiando das incríveis vistas sobre a costa Asturiana. O tempo tinha ficado muito instável, decidimos almoçar e seguir para o próximo destino.

     

 Decidimos explorar a costa procurando locais para pernoitar em próximas viagens. A paragem seguinte foi em Tapia de Casariego.

N 43° 34’ 00’’

W  6° 56’ 46’’

Vila muito simpática com uma área de serviço para autocaravanas, paga mas que estava quase lotada, talvez devido à proximidade da praia a 100m. O centro urbano a 300m, certamente contribui para a atração que esta área provoca nos autocaravanistas.

   

    

O tempo continuava muito enevoado e nós fomos procurar paragens mais soalheiras, seguimos para Ribadeo

Não encontramos área de serviço mas como as mudanças técnicas tinham sido feitas em áreas anteriores, optámos por um parque no centro da localidade, junto à central de transportes colectivos, um pouco barulhento durante o dia, mas muito calmo pela noite, como fica em meio urbano proporciona alguma sensação de segurança.

N 43° 32’ 27’’

W  7° 021’ 24’’

Existe uma outra opção no porto de pesca, mas mais afastada do centro e no meio do movimento portuário, fica á vossa consideração…

N 43° 32’ 14’’

W  7° 02’ 11’’

Ribadeo desenvolveu-se com porto e centro de comercio do Cantábrico, para esse desenvolvimento muito contribuíram os marinheiro e capitães de marinha que nasceram nesta terra. Numa visita pelas ruas da localidade um edifico sobressai, a Torre de los Moreno, edificado pelos irmãos Juan e Pedro Moreno, é um singular edifício com três fachadas, construído em grande parte por vidro e ferro forjado.


Pazo de Ibañez edifício neoclássico do século XVIII, a Calle de San Roque, Plaza del Mercado, a Aduana Vieja construída em 1726 e que tão importante foi no desenvolvimento do burgo, são alguns dos muitos motivos para percorrermos as ruas de Ribadeo.

Uma visita à oficina de turismo na praça junto a este edifício será de muito interesse para organizar a vossa visita por Ribadeo, e tem muito para se ver, mais do que parecia quando estacionamos a autocarvana.
Certamente que constará num novo roteiro que organizemos para visitar as Astúrias. Também podem perguntar as condições em vigor para se poder visitar a Playa de las Catedrales, tem de se fazer marcação via net…

O estacionamento muito próximo do centro, permite duas situações, uma deslocarmo-nos à noite para as esplanadas que enchem as ruas da povoação e partilhar a alegria que os espanhóis põem  nos seus “fins de tarde”, a outra é ter um supermercado mesmo junto às autocaravanas e fazer o reabastecimento dos frigoríficos.

No dia seguinte passámos pela Playa de las Catedrales para ficar a conhecer os acessos e possíveis estacionamentos.

www.playadecatedrales.com

O conjunto de rochedos esculpidos pelo vento, as abóbodas rochosas, as grutas, fazem desta uma das praias mais espetaculares do mundo dizem no site. As visitas estavam condicionadas à inscrição pela “net” tal era a afluência de visitantes. Não se fiem na imagem abaixo…

Os muitos parques de estacionamento estavam lotados, a policia procurava orientar o transito para zonas cada vez mais afastada da entrada para a praia, que por ser zona protegida, tem acessos muito condicionados.

Certamente ficará para uma próxima visita fora dos meses estivais…

A viagem continuou até Vilalba onde está instalada uma área de serviços para autocaravanas.

N 43° 17’’ 44’’

W  7° 40’ 36’’

Nesta visita ficaram dois motivos de interesse para registo, a Torre dos Andrade…

    E…Queixeria Prestes situada junto à Torre dos Andrades Um “antro” de sabores e saberes, capaz de satisfazer o paladar mais exigente…

  

 E depois venham dizer que os autocaravanistas não contribuem para a economia local!

 

A viagem continuaria por caminhos rurais até ao centro de observação de aves de Cospeito, também aqui se encontra uma área de serviço para autocaravanas

N 43° 14’’ 22’’

W  7° 33’ 20’’

Um centro de acolhimento e vários pontos de observação de aves são disponibilizados pela autarquia.

  

   

Almoçámos neste local. Os roteiros de visita à reserva de aves disponibilizados no painel de informações, eram uma tentação para se ficar por ali, mas a viagem estava a chegar ao fim tínhamos de regressar.

Começámos a viagem de volta a casa com uma paragem em Ourense no habitual parking Fonte del Tinteiro, junto às termas do mesmo nome.

N 42° 21’ 05,56’’

W  7° 52’ 56,27’’

Na viagem por terras de Galiza falamos sobre a nossa visita a esta cidade.

Um passeio junto ao rio Minho foi o programa para o fim de tarde…

  

  

 Uma ultima cerveja espanhola, no dia seguinte entraríamos em território nacional, enquanto olhávamos para o pombo que ia procurando as ultimas migalhas da nossa estadia em Espanha, fomos lembrando esta visita por terras de Astúrias que tantas saudades nos deixava já.

Voltaremos em breve…

 

FIM